quinta-feira, 17 de junho de 2010

a morte de diadorim sempre me abala. nesse grande sertão: veredas que me inunda e devasta. escrever não é mesmo vomitar palavras. é preciso decodificar a alma. e dar voz a ela na medida exata.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"o que for, é"

[riobaldo, em grande sertão: veredas]

não contem com o fim do livro: umberto eco e jean-claude carrière

"Como Craig, gosto de tomar posse de um livro que pertenceu a outro antes de mim. Gosto particularmente da literatura popular, até mesmo grotesca e burlesca, francesa, do início do século XVII, literatura que, como falei, permanece muito desconsiderada."

(...)

"Umberto Eco: Por exemplo, a damnatio memoriae imaginada pelos romanos. Votada pelo Senado, a damnatio memoriae consistia em condenar alguém, post mortem, ao silêncio, ao esquecimento. Tratava-se de eliminar seu nome dos registros públicos, ou então banir as estátuas que o representavam, ou ainda declarar nefasto o dia de seu nascimento. Aliás, fazia-se a mesma coisa sob o stanilismo quando se eliminava das fotos o ex-dirigente exilado ou assassinado. Foi o caso de Trótski. Hoje seria mais difícil limar alguém de uma foto sem encontrarmos imediatamente a velha foto circulando livremente pela Internet. O proscrito não seria proscrito por muito tempo."

**

será? ou vivemos na era matrix? existimos de fato? quem controla o nosso avatar? e de que servem os hackers? não serão eles capazes de apagar qualquer registro na atualidade? quem é o mocinho? e o vilão?

"pensar enlouquece". o que significa? que é melhor morrer são e burro? e há sanidade nisso?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

eu só digo que hoje é um dia mega importante. um marco em minha ainda curta vida.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

estou viciada em casa vogue.

alma

eu quero encontrar o poeta nato
não o encomendado
que fala do amor pautado
sem verdade, sem natureza

teste: que livro é você?

li no blog da minha jujuba uma série de resultados para o teste acima. aiiiiiiiii, fiquei mega curiosa para saber qual seria o destinado a mim. mas o link não funcionou... rárá, e fiquei no zero, no vazio, no delírio. rio com as possibilidades insanas. sim, porque se algo careta rolar... mentiroso esse teste será!

uma brincadeira para lorença

eu podia dizer que lorença
é a menina que passa
fazendo pirraça
para enlouquecer

nada disso precisa ter senso
nexo
basta ser

a rima, a risada
o encanto leve eve
que só cego não vê

terça-feira, 8 de junho de 2010

"amanheci"


sim, tentei evitar, mas não consegui: "zé finí. cabou-se o quéra douce". amanheci. o (pen)último livro da saga crepúsculo, amanhecer, foi inominável. terminou mas não acabou, sabe como? imagino a continuação... dos dias, das horas, do que é afinal a eternidade. e a trama dentro da trama, metalinguagem.

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Capa do quinto e último livro da série 'Crepúsculo'

e a felicidade é que de uma forma a trama segue mesmo. afinal, stephenie meyer resolveu ampliar a saga com um último livro, "a breve segunda vida de bree tanner". leia mais aqui.

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o mundo é para quem tem fé!




























Alice Cullen♥ - alice-cullen

domingo, 6 de junho de 2010

uma taça de vinho tinto seco. el inigualable bola de nieve. la vie em rose. cabelo úmido. banho demorado. piano ao fundo. frio. estrelas infinitas. neblina baixa. ruas vazias. caminhada de mãos dadas. sonho de criança. saudade dos amigos. saudade da família. vontade dos 23 com a experiência dos 33. fogo baixo na lareira. cama quente. edredon macio. lençóis de 700 fios. paris adormecida. caxambu atordoada. delírios noturnos. risadas, olhares imaginários. livros de cabeceira. luz de abajour sem cúpula. sax na calada da noite. gatos pretos. letras de músicas não reveladas. arranjos de flor. sino na porta. cachorros latem. quadros no chão. jangadas no mar. casa nova. construção. mudança. partida. passaporte renovado. fotos. surpresas. disco de vinil. a mesma la vie em rose ouvida repetidas vezes. suspiro. príncipe encantado. princesas. tranças. alianças. billie holiday. sentimental & melancholy. why I was born. who loves you. if my heart could only talk. summertime. easy to love. areia, cimento, cal. van gogh, frida kahlo, persistência, luxúria, loucura. café. chocolate. conhaque. mel. dias colecionados assim.

"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranqüilos e escuros
como o sofrimento dos homens.

e viva joão guimarães rosa. acima, cena de "grande sertão veredas".

nine

pode ser insensibilidade, ou coisa qual. mas não gostei do filme como um todo. partes, e olhe lá. não consegui chegar a um consenso, o filme tem ordem múltipla, logo o julgamento fica comprometido. intrigante talvez seja a definição do momento, assim de bate-pronto.

elenco: nota 10. marion cotillrd dá um show.

verei novamente. mas chicago permanece imbatível.


lareira acesa. adoro o barulho do fogo. e os estalos.



político provoca ódio!

essa eu nunca vi. recebi da tellinha [te amo, amo, amo] por e-mail e compartilho para todos.

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desaforo

pois eu fui acordada hoje, nove e pouca da manhã, com um telefonema com uma gravação de um fulano político se dizendo perseguido por outro camarada político. além do fulano nunca ter tido meu voto, ganhou meu ódio mortal e se passar na minha frente leva bosta de gato na cara!

que raio de equipe de marketing é essa que programa ligação prum domingo de manhã? eu odeio o fulano e quero que ele se dane de verde e amarelo e não consiga ser eleito nem para síndico de prédio!

que absurdo!

**

como foi também publicado no twitter, logo a repercussão:

uma assessora de imprensa viu meu tuít e me escreveu dizendo que o fulano não faz isso e que devia ser sicraninho, listando uma série de tuíts dizendo q tinham recebido ligação do mesminho.

eu disse para ela que sei a diferença das vozes e que para mim são tudo farinha do mesmo saco.

ela agradeceu, disse que não eram não e se despediu. TNC!

**
e termina:

tem mais: o perfil dele no twitter diz que não faz telemarketing, mas não direcionou a resposta para mim, um cara repassou. eu respondi na lata: "pode dizer que não faz, mas eu sei quem me ligou e me acordou hoje de manhã. perdeu voto. cabô."

* *

na boa! esse povo perdeu definitivamente a noção. seja fulano, sicrano, whatever.
o dia corre bem. resolvi fazer uma faxina daquelas e agora a casa está uma delícia. quarto, banheiro, sala, copa, cozinha. o resto da casa fica para amanhã, quem sabe. roupas lavadas. lenhas na sala. lareira em ponto para o primeiro cogitar de frio. tv ligada. almoço feito, hum que delícia! falta lavar a louça, mas está tudo fácil. fiz macarrão. o molho: um pouco de óleo para tostar um punhado de alho. azeitonas gordas e pretas. alcaparrones. cogumelos. uva passa. castanhas. alecrim. punhado de gorgonzola. milho. ervilha. tomates sweet. molho de tomate. um pouco de sal, açúcar e leite. ah, tesão.

Homem fiel não tem preço

[da série: podia ser mastercard]

Acordei com uma baita ressaca e do lado da cama tinha um copo d'água e duas aspirinas. Olhei
em volta e vi minha roupa passada e pendurada. O quarto estava em perfeita ordem. Havia um
bilhete de minha mulher:

"Querido, deixei seu café pronto na cozinha. Fui ao supermercado. Beijos".
Desci e encontrei uma mesa cheia, café esperando por mim.

Perguntei à minha filha:

- O que aconteceu ontem?

- Bem, pai, você chegou às 3 da madrugada, completamente bêbado, vomitou no tapete da sala, quebrou móveis e ainda urinou na cristaleira antes de chegar no quarto.

- E por que está tudo arrumado, café preparado, roupa passada, aspirinas para a ressaca e um bilhete amoroso da sua mãe?

- Bem, é que mamãe o arrastou até a cama e, quando ela estava tirando a sua calça, você gritou:

"NÃO FAÇA ISSO MOÇA, EU SOU CASADO!"

  • Ressaca: 70 reais.
  • Móveis destruídos: 1.200 reais.
  • Café da manhã: 20 reais.
    Dizer a frase certa no momento certo: Não tem preço !!!!!!!!

Coragem

[da série: coisas que só a minha mãe envia!]

Uma vez, um prisioneiro escapou do presídio, depois de 15 anos enclausurado.
Durante sua fuga, ele encontrou uma casa, arrombou e entrou.

Ele deu de cara com um jovem casal que estava na cama. Então, ele arrancou o cara da cama, o amarrou numa poltrona e depois amarrou a mulher na cama.

O marido viu o bandido deitar-se sobre a mulher, beijar-lhe a nuca e logo depois, levantar-se e ir ao banheiro. Enquanto ele estava lá, o marido falou para sua mulher:

- Amor, ouça, esse cara é um prisioneiro, olhe suas roupas! Ele provavelmente passou muito tempo na prisão e há anos não vê uma mulher, por isso te beijou a nuca. Se ele quiser sexo, não resista não reclame, apenas faça o que ele mandar, dê prazer a ele para que ele se satisfaça e vá embora nos deixando vivos. Esse cara deve ser perigoso, se ele se zangar, nos mata. Seja forte, amor, eu te amo!!!...

E a mulher respondeu:

- Estou feliz que você pense assim. Com certeza ele não vê uma mulher há anos, mas ele não estava beijando minha nuca. Ele estava cochichando em meu ouvido. Ele me falou que te achou muito sexy e gostoso e perguntou se temos vaselina no banheiro. Seja forte, amor. Eu também te amo...!!!

Moral da história: PEDIR CORAGEM AOS OUTROS É FÁCIL!!!

sábado, 5 de junho de 2010

os opostos não se atraem. discutem.
cora coralina vale boa parte da vida.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

sem palavras

com oceano, de mim.



com bela da primeira fonte

os cachorros uivam na varanda. de casa, e da vizinha também. ouço em desespero maior. porque sei que enquanto os dela uivarem, latirem, os meus responderão prontamente. estarão com frio?
**
na dúvida, peguei três blusas no armário e os vesti. calaram. [não sei até quando].

amor, saudade

em pensar que já faz um ano essa nossa viagem.
ah, minha irmã: um S pra você.
forever and ever.
**
acho que chegamos cansadas ao fim desse dia.
vadiamos o dia todo... e olha no que deu! rá.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

cheiro de uva. química boa na pele. imaginação.

vontade que dá e passa.

vontade de tomar um logan. ou um buchanas. mais de um, até. mas já deitei. e daqui, não me levanto até que surja a primeira rajada de sol.

gostinho de quero mais

saudade da europa. mais precisamente da itália. das ruas, do povo, do idioma, dos sotaques. ah, do cheiro. saudade de ver coisas belas e gente bonita. do gps maluco que recalculava do nada e mandava entrar na “rotunda”, com sua bateria fraca. vontade de dirigir nas estradas e caçar placas de veados para fotografar. rárárá, e cair na risada do nada para nada. brincar com a minha irmã, com os meus pais. falar com gente que não conhecia, perguntar “quanto costa?”, agradecer “grazie” e ouvir um entonado “grazie avoy!”. ah, era bom ver os prédios, as casas, os carros, as construções. o ir e vir das pessoas, dos ônibus, dos bondes. as estações de metrô, os museus, as duomos, quantas catedrais! e os chocolates quentes – inigualáveis de tão imensuravelmente cremosos. e souvenirs. e história em cada passo.

ah, que saudade. e que certeza aguda de um dia morar lá. antes dos 40. em lisboa, paris, milão, londres. quem sabe? pretendo lisboa que é perto de tudo.

quem sabe rola grécia no final do ano? buenos aires daqui a um mês será ótimo. por ora, passeios. rodar, rodar, antes de fixar moradas, sonhos.

de uns tempos pra cá tenho pensado em tanta coisa... embora não compartilhe nem um terço. é como se o mundo pudesse me traduzir, embora, repito, eu saiba que não. complexidade aqui é em alto escalão.

caminho por ruas que não sei nomes. fotografo olhares, cabelos cor de fogo, homem com cachimbo. falo uma língua que ninguém entende. porque não explico.


que vontade de europa. que desejo de mudança. quem aguenta essa mulher?
hoje o dia foi ótimo. almoçamos com ana albertina no bragança. e para espanto meu, cinco horas da tarde o papo ainda fluía no hall do hotel. cavalos, um dos temas em questão. fomos para o café (fazer o quê?! saco). eis que então a procissão surgiu, fotografei. corpus christie. chegamos em casa às 20h. a quinta voou.

gosto de dias que voam

hoje o dia foi ótimo. almoçamos com ana albertina no bragança. e para espanto meu, cinco horas da tarde o papo ainda fluía no hall do hotel. cavalos, um dos temas em questão. fomos para o café (fazer o quê?! saco). vi os tapetes nas ruas para a procissão de corpus christie. fotografei. inclusive a procissão. e a rápida limpeza das ruas (que dó! a procissão numa esquina, e o tapete da anterior sendo já desfeita...). chegamos em casa às 20h. a quinta voou.

gostinho de quero mais

saudade da europa. mais precisamente da itália. das ruas, do povo, do idioma, dos sotaques. ah, do cheiro. saudade de ver coisas belas e gente bonita. do gps maluco que recalculava do nada e mandava entrar na “rotunda”, com sua bateria fraca. vontade de dirigir nas estradas e caçar placas de veados para fotografar. rárárá, e cair na risada do nada para nada. brincar com a minha irmã, com os meus pais. falar com gente que não conhecia, perguntar “quanto costa?”, agradecer “grazie” e ouvir um entonado “grazie avoy!”. ah, era bom ver os prédios, as casas, os carros, as construções. o ir e vir das pessoas, dos ônibus, dos bondes. as estações de metrô, os museus, as duomos, quantas catedrais! e os chocolates quentes – inigualáveis de tão imensuravelmente cremosos. e souvenirs. e história em cada passo.

ah, que saudade. e que certeza aguda de um dia morar lá. antes dos 40. em lisboa, paris, milão, londres. quem sabe? pretendo lisboa que é perto de tudo.

quem sabe rola grécia no final do ano? buenos aires daqui a um mês será ótimo. por ora, passeios. rodar, rodar, antes de fixar moradas, sonhos.

de uns tempos pra cá tenho pensado em tanta coisa... embora não compartilhe nem um terço. é como se o mundo pudesse me traduzir, embora, repito, eu saiba que não. complexidade aqui é em alto escalão.

caminho por ruas que não sei nomes. fotografo olhares, cabelos cor de fogo, homem com cachimbo. falo uma língua que ninguém entende. porque não explico.

que vontade de europa. que desejo de mudança. quem aguenta essa mulher?

puta frio

c. tomei banho quente, mas meus pés não sabem disso. em meias de lãs, gelados. embaixo das cobertas, e nada. meu nariz também gela e a extremidade dos lábios. espirro, mas não estou gripada. é choque de temperatura.

sobre a saga de vampiros e a vida pra levar

não me lembro de ter demorado tanto para ler um livro. coisa de maluca. li o “crepúsculo” em uma semana. “lua nova”em outra. e “eclipse” em mais outra. aí, finalmente cheguei em “amanhecer”. mas quanto mais aproximo do final, mais eu demoro. são mais de três meses já... porque tenho dó de terminar o livro. e essa dor é maior que a curiosidade de saber como termina.

tenho vontade de conversar sobre a saga, mas tenho receio que me contem coisas que ainda não sei e não quero saber, ainda. ao menos, não por outrem.

estou na página 474. capítulo 33. FALSIFICAÇÃO. faltam menos de 100 páginas e isso me enlouquece, porque amei esse mundo paralelo.

pego-me pensando em situações das mais variadas.

na itália, passei por volterra e viajei mais ainda em possibilidades hipotéticas. se possível fosse virar vampira, a itália possui alguns cenários perfeitos. mas só valeria se pudesse ser uma cullen. nada de sangue humano. nada de ser má. e muita diversão e sexo, que faz bem à pele até dos vampiros, rárá. delírios.

minhas irmãs não acreditam na minha freada na leitura. dizem que se eu quiser, eu releio. mas não será a mesma coisa. eu simplesmente não quero que acabe. lembro detalhe por detalhe. e passe o tempo que for, sei exatamente em que parte da trama estou. mas sei que estou perto do fim. não tem jeito. e combinei comigo mesma que lerei três páginas por dia... para estender um tanto mais. não sei. estou perto do fim... e essa é mais uma coisa que não posso evitar.

personagens

interpretamos o tempo inteiro. conscientemente ou não. ou não é verdade que distribuimos personagens aos outros e o mesmo nos acontece incessantemente? você volta da balada tarde da noite e vê um homem parado em frente ao seu portão. você nunca pensa que ele está ali de bobo, esperando-a(o) para lhe entregar flores. pronto! você acabou de dar o personagem de ladrão a ele. ou de estuprador, sei lá que raios. a cabeça não para. e você pira não porque é maluca. mas está condicionada a isso. sacou?

cansei

sabe, acho que cansei.
e quando a gente acha, quase sempre, se tem é certeza.
de uns tempos para cá tenho dado mais importância ao uso das palavras. de certa forma, passei a ter medo da vida e isso não é bom. medo de usarem as minhas palavras - e principalmente - de tê-las desvirtuadas, usadas de maneira abusiva e abusada contra mim. medo de aparecer na rua, e um esbarrão ser igualmente desvirtuado. passei a ter medo da maldade tão intrínseca a alguns seres. medo de ser prejudicada, medo de arranharem os dias amenos.
medo do medo.
a gente faz coisas, mas aprende com elas. e parece massacrada pelo contingente invisível. por olhares tortos, palavras capciosas, maldosas, que carregam falsa intimidade.
é isso. cansei da exposição que incita as pessoas a acharem que são íntimas. e são más. das maneiras mais sutis, eu não sou boba, eu percebo.
estou cansada dos mesmos lugares, das mesmas paisagens, das mesmas cabeças pequenas.
prefiro as galinhas daqui de casa. e os pintos, os gansos, os marrecos e os patos.
ah, os patos. aqueles que eu criei, fiz cafuné, e até hoje me reconhecem. que vêm alegres até mim toda manhã, quando entro no galinheiro para lhes dar água e comida. e respondo a cada quáquá.
mas falava do medo que é ruim e paralisa. e ao lembrar dos patos, sei que têm asas. e é delas que preciso para voltar ao meu eu, ao meu eixo, ao meu voo simples, único e particular.
quero estar com as pessoas que não me prejudicam, que nunca prejudicaram e não me querem mal.
o contrário, sinceramente, cansei.
por favor, não me queiram mal.
cansei de ter medo.
volto a ter vida.
porque assim determino.
sem traumas. mais rica. com aprendizados.
também não quero prejudicar e ferir mais ninguém. porque sei que feri, mesmo não sendo a intenção. mas que importa isso ao inferno? peço perdão publicamente mesmo que eu não explique. porque não quero, porque não chegou o momento e nem sei se chegará. guardo comigo os motivos. porque o suficiente já se sabe, já se fez, e não importa revolver o passado. chega. desculpe-me. apenas, se puder.
e, por tabela, não ser ferida: porque não sou super herói.
sou isso. carne, osso, sem silicone.
não quero mais somatizar o que me entristece, o que me faz mal.
chega de obesidade.
quero ser leve. como eu era e fui.
vou emagrecer.